1# Resenha - Cidades de Papel, John Green.

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Na minha opinião, todo mundo tem seu milagre. Por exemplo, muito provavelmente eu nunca vou ser atingido por um raio, nem ganhar um Prêmio Nobel, nem virar ditador de uma pequena ilha do Pacífico, nem ter um câncer terminal de ouvido, nem sofrer combustão espontânea. Mas, se você levar em conta todos os eventos improváveis, é possível que pelo menos um deles vá acontecer com cada um de nós. [...] Meu milagre foi o seguinte: de todas as casas em todos os condados em toda a Flórida, eu era vizinho de Margo Roth Spiegelman.
    É assim que começa Cidades de Papel, do John Green. O livro gira em torno de Quentin Jacobsen, apelidado pelos amigos de Q. Q é um cara de 17/18 anos que mora em Orlando e gosta da rotina e não fica entendiado com a monotonia da vida, ao contrário de sua vizinha, Margo Roth Spiegelman - Não, não tenho a miníma ideia de como se pronuncia Spiegelman - que ama se aventurar pelo mundo e fugir de casa. 
    Q e Margo eram grandes amigos quando eram crianças, no entanto tudo mudou quando acharam um cara morto na praça que costumavam brincar. Margo queria ficar ali, se aproximar e investigar o homem morto, mas Quentin a convence a ir embora. No mesmo dia Margo aparece na janela de Q e fica ali até que ele vá dormir e desde então não conversam mais, ao menos não até uma Margo de 18 anos aparecer com o rosto pintado de preto na janela de Q e o convence a ser seu motorista.
   Já dirigindo pela cidade de madrugada Margo entrega para Quentin uma lista de coisas para comprar, coisas que parecem aleatórias como peixes, um pote grande de vaselina e outras coisas. Conforme Q dirige pelas ruas da cidade, Margo vai dizendo para ele onde deve ir e o que deve fazer.
    Logo ele descobre que aquilo é uma missão de vingança de todos os amigos de Margo que se mostraram não tão amigos assim e Quentin tem direito de escolher alguém de quem se vingar também. O escolhido é Chuck Parsons de quem depilam uma sobrancelha. A noite continua passando e a aventura dos dois segue em frente, com mais vinganças e a invasão do parque SeaWorld.
    Quentin acha que depois da incrível noite com a menina por quem sempre teve uma queda, mas Margo não aparece na escola. E apesar dos país dela chamarem um investigador não há mais nada que possam fazer, ela tem 18 anos, tem um histórico de sumiços - onde deixa pistas que aparentemente não levam a lugar nenhum, como 4 letras em uma sopa de letrinhas que dizem onde ela vai estar - e os pais dela realmente não querem ela mais de volta, até trocam de fechadura.
    Visto isso Q e seus amigos Radar e Ben (o qual não é muito a favor da ideia) junto com a atual namorada de Ben, Lacey - Não, não sei pronunciar isso direito também -, que era amiga da Margo saem em busca de Margo usando um poster, um poema do Walt Whitman e qualquer coisa relacionada às palavras "Cidades de papel". E o resto do livro gira em torno dessa busca.

   Se você já leu qualquer coisa do John Green, esse livro não vai te surpreender em nada, na verdade, é capaz até que ele te deixe entediado. O que me prendeu ao livro foi o jeito como Margo fala, como se ela fosse morrer ou se matar, no entanto outras coisas também me afastaram e fizeram com que eu enrolasse para ler o livro. Por exemplo: O autor muda o tempo verbal no meio do livro, sabe, simplesmente muda o tempo verbal da primeira pessoa no passado perfeito para a primeira no presente e depois volta para o passado perfeito como se não fosse nada. E outra coisa que me incomodou foi o Quentin, ele basicamente não pensa em outra coisa que não a Margo.
   Mas de uma forma geral é um bom livro, tem uma história interessante, e uma narrativa fluida. E apesar de a culpa das estrelas ser bem mais interessante, emocionante, e arrebatador Cidades de Papel é um livro que recomendo.

   

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